Entrevista com a banda Desinfernality

Fala Galera!! É com muito prazer que hoje estou trazendo uma entrevista exclusiva com a banda pernambucana Desinfernality, de Death Metal. Vamos lá?!

Wyndson Arruda (vocalista / guitarrista)


Como surgiu o Desinfernality e quem o fundou?

Jaime: Eu tinha saído do Bethesda, uma banda de Heavy Metal, e estava afim de montar uma banda de Death Metal. Foi quando descobri que Wyndson havia se convertido e tava querendo montar uma banda cristã. Nós morávamos no mesmo bairro na época, então conseguimos o contato de Jeferson através de um amigo e então fechamos a formação. Dizer ao certo quem fundou a banda é complicado mas costumamos dizer que é a banda em sua formação original, o trio, que é a primeira e a atual formação.

Quem escolheu o nome da banda e de onde ele surgiu?

Wyndson: Dei esse nome com base no conceito de infernalidade, vem a ideia de oposição e de desfazer as obras infernais através de nossos ideais, na temática desenvolvida em nossas letras.

Sendo uma banda com mais de 10 anos de estrada, quais as maiores dificuldades que a banda já enfrentou?

Jeferson: A principal dificuldade é manter a união, saber lidar com divergências de opinião, isso é sempre um exercício penoso, depois vem as dificuldades pessoais de cada um, trabalho, família, saúde e etc.

Como vocês têm lidado com preconceitos por parte de pessoas que geralmente associam "Death Metal" à "Satanismo"?

Jaime: O preconceito era bem maior. Lembro que as vezes quando tinha evento o pessoal ficava discunjurando a gente na rua e fazendo o sinal da cruz, e quando descobria que a gente era cristão, ficavam chocados. Hoje, ninguém acha estranho. No meio de tanta 'esquisitisse' somos normais até de mais (risos).

Algum de vocês já chegou a sofrer algum atentado por conta do estilo de vocês? Se sim, conte-me detalhes do ocorrido.

Jaime: Lembro que Wyndson tocava numa banda de Black Metal Secular antes de se converter. Eles começaram a perseguir ele nas redes sociais, depois começaram a perseguir a banda, e em um show nosso, eles começaram a jogar garafas e tudo que tinha pela frente. Queriam bater na gente mas, o pessoal da segurança não deixou isso acontecer. Apenas voltamos pra casa fedendo a cerveja (risos).

Qual o principal objetivo de vocês na banda?

Jeferson: Alguns são músicos e exercem o seu ofício por vaidade ou por amor à arte e por vários outros motivos. Nós como banda, temos o mesmo pensamento. Usá-lo como arma para resgatar e libertar vidas do poder das trevas.

Em que bandas vocês se inspiram musicalmente?

Wyndson: Morbid Angel, Death, Vader, Mortification, entre outras.


Jaime Santos (baixista)


Quantos álbuns a banda tem gravados? Qual fez mais sucesso?

Jaime: São 3 demos. Há divergências entre o "Absolute Metaphisical Thruth" e o "Chains Of Evil". Esse último segue uma linha mas heavy, um pouco diferente do que fazemos hoje.

Qual(is) o(s) compositor(es) da banda?

Wyndson: Todos têm essa tarefa, mas eu faço a maior partes das composições.

Quais são os principais temas abordados nas letras das músicas?

Jeferson: Temos formas diferentes de nos expressar, mas sempre usamos a filosofia em concordância com assuntos espirituais, de libertação e reflexão da Palavra a assuntos atuais, como politica, modismos, drogas e etc.

O que vocês têm a dizer no que diz respeito ao cenário underground pernambucano atual?

Jaime: Deus pediu a Abraão para sacrificar o próprio filho, e ele não hesitou em sacrificar. A cena não cresce por alguns não se esvaziarem de seus egos e entender que Deus é maior que a cena ou o visual, entre outras coisas. Às vezes, Deus pede que você sacrifique o teu melhor, e se o teu melhor é o metal, deve ser feito. Precisamos nos fortalecer como pessoa e pensar no próximo, aí sim, a cena vai ser uma bomba nas mãos de Deus.

O que podemos esperar da banda em questão de lançamentos e novos projetos?

Jeferson: A banda gravou uma nova faixa, que deve ser seguida por mais duas e assim até completarmos material para um novo álbum. Temos o projeto de ainda esse ano fazer o Show de 10 anos e assim, gravar um DVD. Mas, nada é certo ainda.

Façam agora suas considerações finais e deixem uma mensagem para os leitores do nosso blog. 

Jaime: Agradeço a você por esse espaço e que Deus abençoe a todos vocês. Guerreiros, empunhamos nossas armas para guerra. O nosso general está voltando!

Wyndson: Força a você, guerreiro do metal, que vive nesse mundo podre de ideologias perniciosas. Não se deixem levar pela podridão dessa sociedade perdida.

Jeferson: Toda honra e toda gloria seja dada ao nosso Rei, Jesus Cristo!

Jeferson Damasceno (baterista)

Escute a música "Desinfernality": 


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Entrevista com a banda Perpetual Legacy

Olá pessoal!! Com muita honra, venho trazer hoje, uma entrevista exclusiva com a banda brasiliense Perpetual Legacy, de Symphonic Metal. Confiram!! 


Como surgiu a banda Perpetual Legacy? Quem foi o fundador?

Michelle: A banda surgiu no início de 2014, quando o baixista (Matheus) e eu tocávamos em uma banda de Metal Extremo e compartilhávamos a ideia de fazermos um projeto de Metal Sinfônico. Então, resolvemos dar início às composições ao que seria apenas um projeto para gravar um EP. Mas o andamento das músicas e a chegada dos outros membros nos levaram a formar uma banda de fato e gravar um full album.

De onde surgiu a ideia do nome "Perpetual Legacy"? Quem o escolheu?

Michelle: O Matheus foi quem nomeou a banda, eu amo esse nome e o significado, mas ele pode detalhar melhor.

Matheus: O significado do nome está no Salmo 119:111. O legado perpétuo de Deus para o ser humano é o testemunho de Si mesmo. Em outras palavras, carregamos como legado e herança a Palavra e o testemunho da bondade e do amor de Deus, não somente para o nosso benefício, mas também para o bem de outras pessoas.

Quais as influências musicais dos integrantes da banda?

Michelle: Eu sempre ouvi e admirei boas vozes, nem sempre necessariamente da cena metal. Estudo Floor Jansen desde os tempos de After Forever, Sharon den Adel, Liv Kristine. Por um bom tempo ouvi bastante Sarah Brightman, além de uma cantora brasileira que também chama a minha atenção para a sua voz: Lydia Moisés. Como banda, nossas principais referências são as bandas Epica e Nightwish.

Gabriel: Como baterista, minha influência principal é o Mike Portnoy. Como músico (e fã, confesso), estudei boa parte de sua técnica, o que influenciou o meu modo de tocar. De uns tempos pra cá - até mesmo por causa da proposta musical da Perpetual Legacy - passei a estudar os principais nomes do power/sinfônico, como o Jukka Nevalainen (Nightwish), Alex Holzwarth (Rhapsody of Fire), Arien van Weesenbek (Epica) e Casey Grillo (Kamelot).

Matheus: Minha maior referência como músico é o Felipe Andreoli (Angra). Tocar numa banda de metal sinfônico é a soma de duas paixões: a música sacra que faz parte da minha vida desde a infância e o heavy metal, a paixão da adolescência que surgiu juntamente com o contrabaixo. Já meu gosto musical é variado, passando desde a música clássica e o gospel contemporâneo até o metal melódico.

Rafael: Três nomes, três escolas: Beethoven, John Williams e Tuomas Holopainen (Nightwish). Estes 3 músicos são minhas maiores referências em termos de musicalidade, ajudando até mesmo a definir qual seria meu instrumento. Descobri o metal sinfônico ao aliar o erudito que costumava estudar com o peso de bandas que curtia na adolescência. Sempre gostei de música clássica, ao ponto de preferir o Hino Nacional à temas pop (rs). Nomes como Bach, Chopin e Mozart são essenciais na minha formação e na construção do som da PL.

Bruno: Fui aluno de guitarristas conhecidos em Brasília, como Rodrigo Karashima e Marcelo Barbosa (Almah), grandes influências ao lado de Eduardo Ardanuy, Kiko Loureiro (Angra), Steve Vai, Andy Timmons e Marty Friedman. Participei de diversas bandas, tocando covers do Megadeth, Sepultura, Stratovarius e Guns ‘n Roses, o que me levou a participar de diversos festivais musicais no Distrito Federal e entorno.

Antes da formação da banda, os membros faziam parte de outros projetos musicais?

Michelle: Sim. Matheus e eu tocávamos na banda Hazeroth (Black Metal - DF), o Gabriel era, até então, o baixista da banda Over Death (Death Metal - SP). O guitarrista (Bruno) e o tecladista (Rafael) também estavam envolvidos com outros projetos musicais.

Quais os compositores ou o compositor da banda?

Michelle: Os principais compositores musicais da banda são o Matheus e o Rafael. Eu sou compositora de uma música apenas, em uma ou duas fiz apenas pequenas adaptações. Com relação às letras, Matheus e eu somos os responsáveis.

Qual das canções da banda vocês mais gostam? Por que?

Michelle: É difícil citar uma preferida, pois cada música traz a sua característica e faz com que você goste de todas. Mas vai lá: Kairos in Aeternum. Ela é muito mais diferente das outras, posso ousar e dizer que ela tem uma pegada que lembra a banda Rammstein.

Qual o principal objetivo da banda?

Michelle: Nós queremos usar a música para transmitir ideias que sejam capazes de fazer o ser humano refletir sobre a vida, sobre seu comportamento, etc. Vivemos num caos e a música através de sua mensagem ainda tem o poder de fazer a gente rever alguns conceitos e quem sabe, procurar mudar e melhorar cada vez mais, tornando nosso planeta um pouco melhor. Mais gentil, mais amável, mais confortável. Nós também gostamos de expressar através da música que amamos a Deus e como vale a pena crer.

Michelle Braglia

Vocês vivem da música?

Michelle: Não. Cada um tem uma profissão paralela à música.

Quem é a pessoa mais agitada e a mais quieta do grupo?

Michelle: Eu não ouso responder isso… Eu não sei. (risos)

Gabriel: A Michelle ficou com medo de responder e se denunciar (risos). Mas, a banda é equilibrada até nisso. O bom humor e a seriedade são as principais marcas pessoais do grupo.

Todos os membros da banda são cristãos?

Michelle: Sim.

O que você acha do cenário underground de Brasília?

Michelle: Cristão? Está bem devagar. Volta e meia tem um show, mas já foi mais movimentado.

Qual a expectativa para o lançamento do seu primeiro full album intitulado "A New Symphony for Him"? O que podemos esperar dele?

Michelle: Bom, o que eu posso dizer é que nós estivemos mais de um ano "trancados em um apartamento" compondo, gravando guias, discutindo ideias. Depois buscamos um estúdio e um produtor profissional para dar vida a tudo isso. O resultado foi um debut com 11 faixas bem elaboradas. Somos novatos ainda, obviamente há muito o que aperfeiçoar. Mas, a gente acredita que conseguiu realizar uma obra com uma musicalidade não muito comum no cenário underground "cristão". Tem instrumentos eruditos, elementos folk, peso e muita melodia. O vocal é versátil e sóbrio, com muitos momentos e nuances. Vocais líricos do início ao fim do CD não eram a pretensão da banda no momento, por causa da versatilidade que queríamos destacar. Nos próximos trabalhos, há a possibilidade. Como banda, gostamos muito do resultado final e as músicas superaram nossas expectativas.

Façam agora suas considerações finais e deixem uma mensagem para aqueles que estão lendo essa entrevista nesse exato momento.

Michelle: Procuremos apreciar tudo de bom que a vida oferece, com sabedoria e cautela. Tratemos a todos da melhor forma possível. Pratiquemos a empatia e nos esforcemos a amar ao próximo como Cristo nos ama. É isso aí!

Gabriel: Que a mensagem que procuramos passar em nossas músicas alcance seu coração e te transforme como nos transformou. Esse é o nosso maior desejo. Fiquem na Paz!

Da esquerda para a direita: Gabriel Pedroso (baterista), Rafael Lobo (pianista / tecladista), Michelle Braglia (vocalista), Bruno de Souza (guitarrista) e Matheus Maia (baixista).

Assista ao Lyric Video da música "Metonymy":


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